O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio neurológico comumente caracterizado por prejuízos em comunicação social (quantitativa e qualitativa) e comportamento que apresentam padrões repetitivos e estereotipados e um repertório restrito de interesses e atividades.
No Brasil, o único estudo de prevalência sugere que o autismo e suas variações afetam uma em cada 370 crianças, ou 0,3% dessa população, devendo existir aproximadamente 40 mil crianças e adolescentes com TEA no Estado de São Paulo. 
Nos últimos 50 anos, a análise aplicada do comportamento (AAC) tem demonstrado cientificamente a eficácia de suas propostas com pesquisas e planos de intervenção bem-sucedidos, incluindo indivíduos com TEA (transtorno do Espectro Autista).
O modelo desenvolvido por Lovaas (1987) é apontado como a influência mais significativa sobre a metodologia de ensino utilizada por praticantes da análise do comportamento nos últimos anos (Carr & Firth, 2005)
Em linhas gerais, nesse sentido, o tratamento intensivo de 30 a 40 horas semanais, a elaboração de programas para desenvolver habilidades em diferentes áreas (comunicação, habilidades sociais, autocuidado e brincar), criação de muitas oportunidades para a criança praticar aquilo que está faltando em seu repertório, ensino de habilidades de forma paulatina são apresentados da forma mais simples caminhando para as mais complexa (ensino por tentativas discretas) e uso abundante de reforço positivo para que o ambiente de ensino se torne afetivo e motivador.
Nos modelos desenvolvidos e aplicado (Lovaas e Caar & Fich) existem similaridades, das quais destaca-se:
• enfatizam a importância de um ambiente de ensino cuidadosamente organizado e de formato estruturado, bem como o uso de reforçamento positivo, treino discriminativo e procedimentos de controle de estímulos;
• afirmam o valor da intervenção precoce, frequente e diária; e
• usam o formato de ensino por tentativas discretas que também podem ocorrer em conjunto com as estratégias de treino em ambiente natural (NET).
O ensino em ambiente natural (escolas, parques e eventos cotidianos) é apontado por MacDonald (2009) e Taylor e Hock (2008) como o principal fator para que os novos comportamentos sejam mantidos, além de indicar uma opção de ensino combinada, com procedimentos de tentativa discreta e ensino em ambiente natural.
Baseados em todos os estudos publicados, com a Coordenação da Dra. Ingrid Scotti, nossas terapeutas especialistas em diversas área do conhecimento (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicomotricidade) desenvolveram um programa terapêutico com curriculum de habilidades básicas, que é aplicado de forma individualizada e em um ambiente naturalístico a fim de propiciar aos pacientes a evolução de seus comportamentos disruptivos para, se possível, viabilizar o aprendizado e melhorar o convívio social.




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